Navegando no estresse em um mundo sobrecarregado

Você acha que consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo? Pense novamente.

Vamos falar sério: seu cérebro não é multitarefa. Na verdade, ele é péssimo nisso. Nosso cérebro evoluiu para ser eficiente, focando em uma coisa de cada vez. Então, enquanto você tenta responder aquela pilha de e-mails urgentes, terminar a apresentação para a reunião e ainda checar o feed do Instagram, seu cérebro está gritando por socorro.

🔍 Um estudo realizado pela International Stress Management Association (ISMA-BR) revelou que o Brasil é o segundo país com o maior nível de estresse no mundo, perdendo apenas para o Japão. Cerca de 70% da população ativa no Brasil sofre com algum nível de estresse. 

Em Aurora: O despertar da Mulher Exausta, Marcela Ceribelli cita:

“Imagine que você está em uma floresta, sozinha. Escuta um barulho estranho que logo lhe dá um arrepio. Então, presta atenção e tem um leão correndo atrás de você. Que medo. Agora, imagine que esse leão é apenas um e-mail que recebeu – parece uma comparação maluca?

Pois bem, nas duas situações o seu corpo reage da mesma forma. Seu cérebro percebe uma ameaça no ambiente e sua corrente sanguínea é inundada por adrenalina e cortisol, seguida por uma cascata de eventos fisiológicos: desde o aumento da frequência cardíaca até a mudança de atenção para o estado vigilante. Nosso corpo ativa todas essas alterações como aceleramos um motor antes de uma corrida, preparando-nos para entrar em ação pela nossa sobrevivência. Evolutivamente, nosso corpo ainda não sabe que o e-mail maligno não pode tirar nossa vida. É por essa e muitas outras que todo mundo está ansioso.”

O psicólogo Hans Selye afirmou que o estresse não é necessariamente algo negativo; ele pode ser um fator motivador e de crescimento se gerenciado corretamente. No entanto, o estresse crônico e não administrado pode levar a problemas sérios de saúde. Portanto, é crucial encontrar maneiras de lidar com o estresse de forma saudável.

“Não é o estresse que nos mata, mas nossa reação a ele.” – Hans Selye

Então, como a gente escapa dessa armadilha? 

  1. Estabeleça limites saudáveis: Aprenda a dizer não quando necessário e defina limites claros entre o trabalho e a vida pessoal. 
  2. Priorize tarefas: Faça uma lista de tarefas e identifique as mais importantes e urgentes. Concentre-se nelas primeiro e evite a sobrecarga tentando fazer tudo de uma vez.
  3. Movimente o seu corpo: Praticar exercícios físicos regularmente é essencial. A atividade física ajuda a reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e a liberar hormônios que melhoram o humor e aumentam a sensação de bem-estar.
  4. Busque apoio: Não tenha medo de pedir ajuda quando necessário, seja de colegas, amigos, familiares ou profissionais de saúde mental. Às vezes, compartilhar suas preocupações e buscar apoio pode aliviar muito o peso do estresse.

A verdade é simples: ninguém dá conta de tudo, e tá tudo bem com isso. O importante é reconhecer seus limites e trabalhar para manter o estresse e a ansiedade sob controle. Afinal, como disse Albert Einstein, “Quando aceitamos nossos limites, conseguimos ir além deles”.

Lembre-se, seu bem-estar é essencial não apenas para sobreviver, mas para prosperar. Foque no que realmente importa, uma coisa de cada vez, um leão por dia. 

#FicaADica: O livro “Essencialismo”, de Greg McKeown, enfatiza a importância de focar no que realmente importa, aprender a falar não e eliminar o desnecessário das nossas vidas.