Vão descobrir que sou uma fraude!
Imaginamos que você já deva ter ouvido falar sobre a Síndrome do Impostor ou Síndrome da Fraude, uma doença psíquica que descrevem pessoas que apesar do alto desempenho não conseguem perceber e nem internalizar suas realizações, possuem dúvidas persistentes sobre suas capacidades e temem que logo será revelado que é uma fraude.
Acreditam que seus resultados promissores são obra do acaso, da sorte ou de outros fatores externos.
Embora o termo “Síndrome do Impostor” seja um tema recorrente em veículos de grande circulação popular, a ciência ainda navega em diversos estudos empíricos para definir suas causas, sintomas e linhas de tratamento. Temos poucos estudos científicos comparados ao imenso volume de matérias jornalísticas, e infelizmente, o Brasil está entre os países com menor número de publicações a respeito.
Até hoje, a síndrome do impostor não é considerada um transtorno psiquiátrico reconhecido: não consta no Manual Diagnóstico e Estatístico da Associação Psiquiátrica Americana nem está listado como diagnóstico na Classificação Internacional de Doenças, Décima Revisão (CID-10).
As psicólogas, Pauline Clance e Suzanne Imes, foram as pioneiras no estudo da Síndrome do Impostor, observaram que mulheres mesmo com altos níveis de sucesso acadêmico e/ou profissional eram incapazes de internalizar seus sucessos e conquistas.
🧠Comportamentos visíveis:
Procrastinação: protelam atividades para retardar a falha.
Perfeccionismo: ruminam entregas a fim de minimizar a possibilidade da crítica.
Autocrítica negativa: foca nos erros e na falta de conhecimento de um determinado assunto.
Comparação: se comparam frequentemente com outras pessoas, sempre as pondo em posição superior.
Autossabotagem: criam obstáculos para justificar seus supostos fracassos.
Elogios: se incomodam e se constrangem com elogios.
Crescimento: fogem de oportunidades de crescimento, alegam que ainda não estão preparados.
Feedbacks: sentem-se culpados diante de feedbacks positivos.
Produtividade: buscam compensar a fraude com acúmulo de atividades e excessos de trabalhos.
🧠Possíveis causas:
Baixa autoestima, insegurança e sentimento de inadequação.
Ambiente familiar repulsivo ao erro/falha.
Altas expectativas familiares sobre o futuro de sucesso dos filhos
Questões raciais, minorias raciais e gênero (mulheres são mais propensas a desenvolver a Síndrome do Impostor).
🧠Possíveis consequências:
Baixo desempenho
Ansiedade e depressão
Instabilidade emocional
Estafa e até mesmo o burnout 🔥
Me vi neste post, o que faço?
1. Reconhecer-se é o primeiro passo.
2. Busque ajuda profissional, um terapeuta com especialidade em terapia cognitivo-comportamental (TCC) poderá te ajudar a modificar sua percepção.
3. Reúna evidências concretas de conquistas, como certificados, prêmios e resultados positivos.
4. Peça e registre os feedbacks positivos.
Procure ajuda o quanto antes!