Quando nos referimos a comunicação, geralmente focamos na oratória, tom da voz, postura, palavras e a capacidade de influenciar por meio dela, são habilidades fundamentais para garantir o entendimento, conquistarmos objetivos e estabelecer vínculos, então precisamos conhecê-las e investir tempo e energia para o desenvolvimento e aprimoramento da fala.

Porém, dominar todas as técnicas da fala ainda não nos garante o sucesso na comunicação e nem evita os conflitos. Dentro de cada um de nós tem um universo neurológico que causa uma tempestade de pensamentos. Ao observar uma situação, acionamos o sistema emocional, que aciona a memória, que foi construída com crenças e julgamentos e num piscar de olhos, consciente ou inconscientemente, reagimos, decidimos, fugimos ou enfrentamos.

Desde que nascemos, somos estimulados a balbuciar as primeiras palavras e acaba se tornando um mérito para os pais fazer com que seus filhos falem fluentemente, mas se pararmos para refletir, quando aprendemos a escutar? A capacidade de ouvir está associada ao processo biológico e físico, mas escutar envolve aprendizado, força de vontade, treinamento, presença e empatia.

Otto Scharmer (1996) economista e professor do Massachusetts Institute of Technology(MIT), consolidou e disseminou a “Teoria U” uma metodologia para promover mudanças sistêmicas e que poder ser aplicada no contexto empresarial, escolar, social, econômico e até mesmo no individual. Umas das práticas apresentadas como essencial para promover a mudança é a capacidade da escuta e seus quatro níveis de evolução.

Primeiro nível da escuta: download

É o primeiro nível da escuta, nesta fase não há consciência, e sem consciência não aprendemos e nem exercemos a empatia, é um sistema automatizado, mecânico, a comunicação acontece somente numa via, a fala, fingimos que escutamos e até complementamos as falas com nossos pensamentos. Não há interesse, energia e muito menos presença.

Conhecido como Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, o TDAH se tornou uma expressão recorrente para definir pessoas multitarefas e ligadas no 320v. Mas ao contrário disso, o transtorno é uma doença que traz dor, sofrimento e disfuncionalidade na vida pessoal, acadêmica e profissional. 

Vários estudos revelam alterações na estrutura e na funcionalidade cerebral das pessoas com TDAH. Elas apresentam redução da espessura da massa cinzenta (onde se localizam os corpos celulares dos neurônios), alterações na substância branca e alterações na região frontal, que é responsável pela inibição de comportamentos inadequados, atenção, organização, planejamento, memória e autocontrole.

Como diagnosticar?

O diagnóstico acontece logo na infância, principalmente na fase escolar em que a criança começa apresentar problemas de atenção, hiperatividade e impulsividade. Esses comportamentos são confundidos e estereotipados como inquietação, aceleração ou má educação. Essa confusão do TDAH com outros transtornos pode acontecer pela falta de preparo do corpo educacional, dos pais e profissionais da saúde.

Para diagnosticar na fase adulta, a pessoa precisa relatar que os sintomas já estavam presentes antes dos 12 anos. Esse diagnóstico deve ser feito por psiquiatras, psicólogos e neurologistas, comprovando prejuízos na vida profissional, acadêmica, social e pessoal.

Controle dos Sintomas

O TDAH não tem cura, mas existem tratamentos para controlar os sintomas e viver com qualidade de vida:

1. Buscar o entendimento em fontes confiáveis;

2. Fazer o diagnóstico com um profissional especialista no assunto;

3. Aderir a terapia cognitiva-comportamental que te ensinará estratégias e recursos para trazer mais foco e atenção;

4. Usar da farmacologia para trazer equilíbrio nas funções cerebrais.

Quer saber se você tem TDAH?

O site da Associação Brasileira do Déficit de Atenção possui um teste reconhecido pela Organização Mundial da Saúde que poderá te ajudar nos primeiros passos. Depois de fazê-lo agende uma consulta com seu médico e o tratamento para viver melhor: https://tdah.org.br/diagnostico-adultos/